Sem se dar conta

Consultores Cegos

    O coaching é um processo marcado pelo desenvolvimento de novas ações baseadas no compromisso, na responsabilidade e na autoaprendizagem, entre outros fatores fundamentais. Por esse motivo, é o coachee quem realiza o esforço, o trabalho e o sucesso, pelo que deve vivê-lo, senti-lo e entende-lo, para que seja realmente uma ferramenta que possa utilizar no futuro.

     

     

    Tendo em conta tudo o que foi dito anteriormente, o fim do processo é quando o coachee tem consciência de ter conseguido alcançar os seus objetivos por conta própria, o coach é apenas o guia que faz com que o coachee faça a análise de si mesmo, tendo em conta as suas barreiras e limitações.

     

    Chega a ser “alucinante” ser o observador de um processo de mudança pessoal, por muitos motivos, mas pessoalmente, considero que o principal é comprovar como o coachee passa de um extremo ao outro sem se dar conta de que está ali alguém. No fundo, trata-se de guiar sem marcar o rumo, de ajudar a ver sem ensinar nada, de ajudar a alcançar mudanças sem decidir as ações que levam a elas, mas sem deixar “pegadas”, esse é o trabalho mais importante do coach.

     

    Sempre que o coacheecomeça o seu caminho, rodeado de incertezas e se cruza com uma nova ferramenta que começa a utilizar - e em muitos casos - procurando encontrar problemas em vez das possibilidades, até se dar conta de que é ele o único que utiliza essa ferramenta e que com ela consegue desenvolver novas habilidades, condutas e crenças e, dessa forma, alcançar os seus objetivos de evolução pessoal, até esse momento, ninguém lhe disse como fazê-lo. Ele foi apenas um guia e mero observador do processo, sem tomar partido.

     

    Como coach, considero que a melhor recompensa do meu trabalho num processo de coaching, é que o coachee, no final, não se dê conta do meu contributo no processo e seja consciente de que terá sido unicamente um trabalho obtido por mérito próprio. Essa é a melhor prova de que o trabalho do coach não deixou pegadas e de que o coachee saberá utilizar a nova ferramenta por si mesmo sempre que o necessite. Não é altruísmo, é coaching.

     


    Autor: Pedro A. Corraliza

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