O que são ferramentas de coaching e como se usam na ICF?

Paulo MartinsCoach PCC ICF, Formador, Consultor

Neste artigo, abordamos as indicações, procedimentos e regras para uma boa utilização das ferramentas de coaching.

 

 

Ferramenta, é um termo que se usa para designar um conjunto de instrumentos e utensílios empregados num ofício. Num sentido amplo, é um utensílio ou suporte que permite expandir a capacidade para criar valor numa determinada área profissional.

 

Ferramentas de coaching

No nosso caso, em coaching, as ferramentas a usar deverão ser capazes de expandir a nossa capacidade para criarmos valor em coaching, ou seja, deverão ajudar-nos a melhorar a nossa efetividade na prática das 11 competências centrais da ICF (International Coaching Federation).

Pessoalmente considero que extrema utilidade ter presente, quando nos referimos a ferramentas de coaching, que a primeira regra para a sua boa utilização é a de respeito integral para com a definição de coaching da ICF, para com as suas competências centrais e código de ética.

 

O que podemos reunir acerca das indicações, procedimentos e regras na utilização de ferramentas de coaching?

 

3 princípios:

  1. As ferramentas, embora sejam propostas pelo coach, a decisão de as usar ou não deverá ser sempre tomada pelo coachee.
  2. As ferramentas de coaching deverão ser sempre propostas a partir da escuta ativa do coach, isto é, a proposta da sua utilização deverá resultar do decorrer da conversação de coaching em função daquilo que o cliente manifesta. Costumamos dizer “deve vir do coachee, nunca do coach”.
  3. Qualquer ferramenta a ser usada num processo de coaching, deverá ser suficientemente flexível para se poder adaptar ao estilo de aprendizagem, de processamento ou de atuação do cliente.

 

6 fases de utilização:

Quando, no decorrer da conversação de coaching, o coach avalia como útil, em função daquilo que o cliente pretende atingir na sessão, a utilização de determinada ferramenta, o coach deverá:

  1. Propor a utilização da ferramenta
  2. Fundamentar resumidamente a sua proposta, ou seja, resumir a utilidade esperada da sua utilização, para o cliente
  3. Identificar resumidamente as suas fases de utilização
  4. Comprometer-se, em tomar a iniciativa de verificar, com o coachee e durante o decorrer da sua utilização, a sua suposta utilidade
  5. Colocar a possibilidade de abandono da sua utilização, caso não esteja a produzir os efeitos esperados
  6. Solicitar acordo explícito do coachee, acerca da sua utilização

 

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Escrito por

Paulo Martins

Licenciou-se em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho e especializou-se nas áreas de Executive Coaching, Formação em Liderança e Desenvolvimento de Equipas de Trabalho, predominantemente em ambientes corporate, internacionais e multiculturais.Com 50 anos e mais de 20 de carreira, adquiriu experiência de intervenção numa grande diversidade de setores de atividade sobretudo, através de projetos globais, transversais e de longo-prazo. Tendo como missão servir a expressão da grandiosidade dos outros, é muito orientado para a ação e para resultados e gosta de dar a prioridade aos aspectos práticos da vida.Professional Certified Coach (PCC) pela International Coach Federation (ICF), detém diversas certificações internacionais como Mentor Coach, SUN Associate Coach Trainer, Life Purpose, Coaching Intercultural (COF), Experiential Learning Metodologies, Drive Trainer e Situational Leadership Trainer e conta, neste momento, com mais de 10.000 horas de intervenção, realizadas nas suas áreas de especialização.Procurando a prática de uma visão global e unificadora do Ser, as suas orientações metodológicas assentam nas linhas do Coaching Ontológico e nas competências centrais da ICF. Integra equipas de trainers, supervisores e mentores de programas de formação de coaches profissionais, reconhecidos pela ICF com as distinções ACTP , ACSTH e CCE.
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