Duas questões oportunas sobre coaching

Mário CeitilPresidente da Mesa da Assembleia Geral da APG (Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas)

Duas questões oportunas sobre coaching

1 - Quais as potencialidades do Coaching nos tempos que estamos a viver em Portugal?

O Coaching, enquanto modalidade de intervenção orientada para o desenvolvimento humano, particularmente aquela que é exercida no contexto organizacional através das modalidades habitualmente designadas como “Executive Coaching”, tem vindo a tornar-se numa prática cada vez mais difundida e procurada de intervenção para a promoção do desenvolvimento de competências e para a mudança comportamental. Como alguns estudos têm assinalado, o coaching tem vindo a ser considerado como a “perspetiva da escolha no desenvolvimento do management e da liderança”. Uma das razões para o sucesso destas práticas tem sido o facto de que o coaching desafia as crenças e os comportamentos estruturados e convoca, nas pessoas, o desenvolvimento de atitudes proativas que as podem conduzir à resignificação das suas modalidades de relacionamento profissional e, consequentemente, à mudança das práticas a elas associadas.

No contexto particularmente difícil em que estamos, e vamos continuar, a viver, em Portugal, o coaching é um instrumento poderoso para permitir novas construções de sentido, ou seja, permitir a cada pessoa reconstruir a trajetória da sua narrativa pessoal e atribuir novos sentidos a uma ordem organizacional e social cada vez mais caótica e imprevisível. Como a construção do sentido é o veículo através do qual as pessoas reduzem a complexidade do seu ambiente, o coaching pode, de facto, ser um processo poderoso para que as pessoas possam manter-se, e até tornar-se mais eficazes, em contextos de grande mudança e de grande turbulência.

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2 - Como podem essas potencialidades ser concretizadas?

Em primeiro lugar, com bons modelos de intervenção e bons profissionais que saibam posicionar-se corretamente face às questões críticas que os executivos enfrentam no seu quotidiano profissional; em segundo lugar, na concretização de uma verdadeira “cultura de coaching”, ou seja, uma cultura organizacional que seja capaz de libertar o verdadeiro potencial que existe nas pessoas, através de práticas de gestão modeladas pelo valor de exemplo e pela confiança.

Escrito por

Mário Ceitil

•Licenciado em Psicologia pelo ISPA;•Professor Universitário;•CERTIFIED EXECUTIVE COACH pelo FranklinCovey/Columbia University Executive Coach Certification Program (Salt Lake City – EUA);•PROGRAMA DE FORMACIÓN DE COACHES PROFESIONALES – Nivel Básico (ACSTH – Approved Coach Specific Training Hours), pela Escuela de Coaching Ejecutivo da Tea-Cegos (Madrid, Espanha);•PROGRAMA DE FORMACIÓN DE COACHES PROFESIONALES – Nivel Avanzado (ACSTH – Approved Coach Specific Training Hours), pela Escuela de Coaching Ejecutivo da Tea-Cegos (Madrid, Espanha);•Managing Partner da Cegoc, de 1993 a 2015;•Consultor e Formador da Cegoc, desde 1981.•Coordenador da Escola de Coaching Executivo (2015/2016),
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